A contribuição que a ergonomia pode trazer aos projetos de ambientes e edificações

Em primeiro lugar, a ergonomia é a ciência que estuda a relação e a interatividade do ser humano com o ambiente, tanto no espaço de trabalho quanto nos momentos de lazer. Desse modo, projetos de ambientes e edificações têm se empenhado nesses conhecimentos, com o objetivo de otimizar o desempenho das atividades realizadas, proporcionar conforto e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas.

A relação entre o homem e a máquina não é um assunto recente, no entanto, a modernização conforme o desenvolvimento social e nos processos de produção fez com que a tecnologia não se limitasse apenas ao local de trabalho. Assim, está cada vez mais presente em nosso dia a dia, por meio de celulares, tablets e computadores, por exemplo.

Consequentemente, essa ciência é classificada como uma ferramenta essencial na elaboração de projetos de decoração e arquitetônicos, pois favorece a redução de problemas comuns para diversos clientes, além de aumentar o nível de confiança dos moradores em seu planejamento, no que diz respeito à satisfação, segurança e bem-estar dos usuários.

Por isso, este artigo apresentará a definição de ergonomia de maneira geral, de que forma ela contribui com a arquitetura, como pode ser aplicada em suas propostas e a sua importância em projetos pessoais e profissionais. Vamos lá?

A ergonomia

O termo tem origem nas palavras gregas “ergon”, que quer dizer “trabalho” e “nomos”, que significa “normas”. Em razão disso, antigamente, os estudos ergonômicos eram aplicados basicamente às investigações das situações de trabalho, essencialmente nos ambientes industriais, logo no início da individualização dos serviços.

A partir da preocupação dos empregadores com o alcance de melhores condições da performance dos funcionários na execução dos procedimentos e da transformação da relação homem-máquina, surgiu o conceito conhecido como “human factors”. Essa definição destaca-se por estudos científicos sobre as características físicas e cognitivas de trabalho com relação às ações motoras.

Dado que a ergonomia se divide entre os fundamentos da antropometria e da biomecânica, ela prioriza a idealização de dispositivos tecnológicos, com a finalidade de aprimorar o comportamento dos trabalhadores, considerando os limites do corpo humano. A prática ergonômica recomendada para os projetos do espaço de trabalho foi originada a partir dos países anglo-saxões, e são utilizadas em todo o globo até os dias de hoje.

De acordo com o contexto moderno de trabalho, a ergonomia tem duas razões primordiais, como a segurança e a prevenção de acidentes, que resultam no bem-estar do funcionário e no aumento da produtividade. Nesse caso, o estudo também contempla uma perspectiva humanitária da empresa, determinando horários de trabalho e sugerindo a valorização dos serviços por meio de sistemas de retribuição conforme o rendimento, por exemplo.

Ergonomia cognitiva

Os estudos desse aspecto da ergonomia declaram a importância da habilidade cognitiva na execução de tarefas. Isso facilita o cotidiano das pessoas que cumprem funções que exigem grande esforço mental. Sua essência está na capacidade de memorização, concentração e percepção.

Um fato que comprova a existência de uma conexão entre a ergonomia cognitiva e a utilização da tecnologia é o fenômeno tão conhecido como “Síndrome das Telefonistas”. Nos anos 60, muitas trabalhadoras manifestavam sintomas similares, como dores de cabeça, nas costas e alterações de humor, que acabavam afetando suas vidas pessoais.

Embora tenha recebido essa nomenclatura, a síndrome não era uma exclusividade somente das telefonistas. Outros homens e mulheres de inúmeras áreas profissionais diferentes também se queixavam das mesmas ocorrências. Nessas situações, a ergonomia cognitiva procura analisar se as falhas no andamento das atividades foram ocasionadas pelo estresse ou cansaço mental.

Dado o diagnóstico, é fundamental o desenvolvimento de um sistema que proporcione mais conforto, para garantir maior satisfação e redução de custos à empresa por meio da boa saúde dos colaboradores. Afinal de contas, não implantar uma boa engenharia psicológica no ambiente pode afetar as tomadas de decisão, o desempenho cotidiano e desencadear uma série de erros humanos.

Ergonomia organizacional

Levando em consideração que organização é tudo o que constitui uma empresa, a ergonomia organizacional tende a fortalecer os sistemas relacionados à cultura do negócio — por exemplo, a sua estrutura, políticas e outros procedimentos existentes. Nesse caso, cumpre um papel fundamental na compreensão e sugestão de práticas e técnicas mais indicadas para aperfeiçoar o relacionamento entre o ser humano e seu dia a dia corporativo.

A implementação da ergonomia organizacional transforma o ambiente de maneira geral, ao permitir o desenvolvimento de todos os indivíduos e evitar que as relações interpessoais conflituosas afetem a rotina.

Como o clima e a cultura de um lugar impactam diretamente o sentimento de motivação das pessoas, esse investimento diminui os problemas internos causados por um ambiente de trabalho não favorável, além de aumentar a produtividade e reduzir fatores de risco no que diz respeito às doenças relacionadas às atividades exercidas.

Ergonomia física

A ergonomia física é a mais conhecida entre as mencionadas anteriormente, pois dialoga com as características da anatomia do ser humano durante a execução de atividades físicas. Além disso, é o aspecto mais próximo do que muitos entendem sobre ergonomia de forma geral.

Os principais pontos verificados nessa categoria são a postura no decorrer da realização de um serviço, a forma como os equipamentos são manipulados, a incidência de movimentos repetitivos, as possíveis dores de origem musculoesqueléticas e a segurança dos trabalhadores.

A importância da ergonomia física é analisar a antropometria, isto é, estudar as medidas do corpo humano, com o objetivo de identificar os diferentes biotipos e, com base nos resultados, determinar ferramentas de trabalho adequadas, considerando os fatores fisiológicos e psicológicos de todos os envolvidos.

Na prática, a ergonomia física tem a função de conscientizar toda a equipe na busca pela preservação da saúde corporal. Por exemplo, é recomendado que a cadeira utilizada favoreça uma postura adequada e a movimentação exercida para levantar qualquer objeto seja ajustada para não prejudicar as costas.

Ergonomia e projetos arquitetônicos

Como já sabemos, a ergonomia tem a função de otimizar o desempenho das atividades, conservar excelentes relações e colaborar com a qualidade de vida de todas as pessoas. Por isso, é uma prática fundamental nesse segmento e está ligada ao conforto, segurança e funcionalidade.

Alcançar a ergonomia adequada nos projetos de arquitetura requer uma análise profunda sobre as características socioculturais, psicológicas e físicas dos clientes. Com base nesses dados, é possível definir proporções e dimensões essenciais ao planejamento.

Na elaboração de um layout, por exemplo, o principal objetivo é considerar os espaços mínimos de circulação e deslocamento, viabilizando determinadas necessidades físicas.

No geral, a estrutura do projeto deve identificar quem é o usuário e qual papel ele cumpre. Em seguida, deve adaptar as melhores soluções ergonômicas, essencialmente, no que se refere à iluminação, cores na decoração, design das mobílias e proteção térmica e acústica.

Ergonomia em projetos de ambientes e edificações

A ergonomia estuda as medidas do corpo humano para a inclusão dessas normas em qualquer tipo de ambiente, seja em uma residência, seja no local de trabalho. As regras se preocupam em estabelecer posturas adequadas para a realização de inúmeras tarefas. Isto é, tanto ao organizar o guarda-roupa quanto ao trabalhar em todo o período integral, essas atividades devem ser feitas com o mínimo de esforço.

Tendo como exemplo a evolução da construção civil, a partir de estudos ergonômicos, foi comprovado que a largura mínima da porta de uma casa deveria ser de, pelo menos, 60 centímetros. Contudo, para haver mais acessibilidade, é imprescindível aumentarmos o tamanho para 80 centímetros, levando em conta que tanto moradores como visitantes possam ser usuários de cadeira de rodas.

No caso dos estabelecimentos comerciais, essa extensão da entrada deverá ser ainda maior, já que deverá possibilitar a entrada e saída do público de maneira simultânea. Portanto, entender o fluxo de visitantes e outros aspectos específicos do local deve contemplar todas as dimensões de forma eficiente para o ser humano com relação ao espaço.

Qualquer que seja o elemento decorativo ou arquitetônico, o estudo ergonômico tem como principal foco estabelecer o posicionamento apropriado aos variados itens de uma casa, apartamento ou local de trabalho. Portanto, é muito importante pesquisar o perfil das famílias e dos colaboradores de uma empresa para definir a altura das maçanetas, corrimão, interruptores, mobílias, entre outros objetos.

A sua importância no projeto pessoal e profissional

Com o passar do tempo, os hábitos e as exigências das pessoas se modificaram. Em razão da constante evolução da sociedade, a busca por melhores condições de vida e trabalho demanda inúmeras melhorias no ambiente, o que requer novas soluções ergonômicas.

Sob o ponto de vista básico, a ergonomia não se limita apenas ao bem-estar no trabalho. A prática é vantajosa para a criação de brinquedos, ao esporte, ao design dos móveis e desenvolvimento de softwares. Inclusive, está nas roupas em que está vestindo agora!

No geral, viabiliza a elaboração de projetos mais seguros, confortáveis e que contribuem com o desempenho de atividades com a máxima eficiência, sem gerar danos à saúde.

Sua importância em projetos residenciais

A ergonomia deve conduzir o maior número das decisões relacionadas aos propósitos e especificações da arquitetura. Ao iniciar o projeto de uma casa do zero, é importante realizar um estudo junto com o cliente para definir um programa de necessidades, popularmente conhecido como lista de ambientes.

Essa lista deverá conter características suficientes em relação ao que a família deseja em sua futura casa. Em seguida, o arquiteto desenvolverá o pré-dimensionamento dos cômodos para verificar a viabilidade do projeto. Afinal, muitas vezes, a casa dos sonhos pode se encaixar no bolso do cliente, mas não na área disponível, não é mesmo?

De qualquer forma, entender a função de cada ambiente e aliar essas regras a uma decoração equilibrada é essencial para o sucesso do seu projeto arquitetônico ou decorativo. Por exemplo, a dimensão dos cômodos deve corresponder aos móveis, uma vez que essa relação influencia a definição dos equipamentos necessários para a garantia de uma ergonomia apropriada e uma casa mais aconchegante.

Sua importância a arquitetura corporativa

Toda empresa é o que ela pretende alcançar. Dessa forma, muitas ousam ao contarem com projetos inovadores em seus espaços corporativos. Ainda que os ambientes estejam cada vez mais estimulantes, a adequação às normas técnicas de ergonomia é indispensável.

Tanto nos escritórios quanto em fábricas, esse elemento é essencial para deixar os funcionários mais confortáveis, sem fadiga visual ou desgaste físico e mental, além de planejar cuidadosamente o design dos móveis para evitar casos de lesões por esforços repetitivos, conhecido como LER.

Considerando que o ambiente de trabalho deve aperfeiçoar o rendimento e a produtividade, inserir uma identidade que reflita a cultura da empresa, conforme seus conceitos, público-alvo e, ainda assim, atenda a tais regras, garante um ambiente extremamente agradável para a rotina da organização.

Incluindo a ergonomia nos projetos

Definir o papel do ergonomista em um projeto de arquitetura ou decoração da área interna requer muita cautela. Atualmente, sua atuação acontece depois que o imóvel já está pronto, o que restringe os resultados. Uma situação ideal seria o profissional atuar juntamente com designers de interiores e arquitetos desde o início do planejamento.

Dessa forma, por meio das técnicas de conforto e a adequação da mobília, cores e outros recursos propícios a um ambiente harmônico, a ergonomia seria inserida em parceria com o design de interiores. Acrescentar bem-estar, qualidade e conforto é um grande diferencial.

Agora que você já sabe o que é ergonomia e entende a sua importância na arquitetura, chegou a hora de compreender como essa prática deve ser aplicada nos projetos de ambientes e edificações residenciais e corporativos.

Funcionalidade

Entender o que é ergonomia é a primeira etapa para compreender a sua funcionalidade no espaço durante a decoração. Por isso, é indicado que a residência ou o ambiente corporativo conte com excelentes fornecedores para projetos, conforme tais normas técnicas.

Isso vai garantir que o espaço seja planejado de maneira funcional e ergonômica. Dessa forma, vale a pena avaliar as dimensões de cada local com a finalidade de criar um ambiente adequado.

Organização e limpeza

Provavelmente ninguém goste de trabalhar ou viver em um lugar bagunçado, não é mesmo? Afinal, a desordem cria poluição visual, provoca estresse, desmotivação e o andamento do dia a dia, seja em um escritório, seja em casa mesmo.

É bom lembrar que o próprio posicionamento e a escolha dos móveis podem atuar como agentes de desorganização. Por exemplo, a instalação de mobílias muito amplas em cômodos pequenos gera um aspecto de desorganização, diminui o espaço e dificulta a passagem.

Inclusive, evite acumular muitos objetos sobre os móveis. Caso o seu projeto seja para um escritório corporativo, procure deixar em cima da mesa apenas aos itens necessários e distribua outros elementos menos essenciais em prateleiras que facilitam o acesso.

Já em casa, deixe os eletrodomésticos mais utilizados sobre as bancadas da cozinha e elabore suportes para talheres grandes e panelas usadas diariamente, para facilitar na hora de cozinhar. Nos outros cômodos, prefira móveis multifuncionais para organizar todos os pertences de maneira minimalista.

Toque pessoal sem exageros

Uma das premissas da ergonomia é deixar o ambiente mais acolhedor. Portanto, é fundamental oferecer um toque de personalidade dos clientes ao espaço, de maneira equilibrada.

Em uma casa ou apartamento, conheça o perfil da família e crie uma atmosfera que inclua a individualidade de cada membro. Em um escritório, sabendo que o espaço será dividido entre outras pessoas, é necessário um pouco de bom senso na hora da decoração, mas isso não impede de colocar um porta-retratos ou um vasinho de flores em cima da mesa, para dar mais vida ao local.

Teoria das cores

Você sabia que as cores têm uma importante função nos projetos de decoração? Utilizadas de maneira eficiente, transformam uma tonalidade em uma ferramenta essencial para a comunicação não verbal.

Dessa forma, criam variados estados de espírito, podem expressar sentimentos, desencadear emoções e, ainda, inspirar. Portanto, escolher a cor certa para aplicar no ambiente possibilita o estabelecimento de efeitos poderosíssimos, como:

Verde

Associada à autoestima, essa cor transmite harmonia, relaxamento e frescor. Já os tons mais escuros dão a sensação de força e estabilidade. Ótima opção para ambientes dedicados ao estudo, trabalho e salas de espera.

Amarelo

por trazer uma personalidade mais alegre ao ambiente, estimula a criatividade e a comunicação, pois contribui com a aprendizagem e ativa a mente para novas ideias. Os tons escuros são muito sofisticados.

Laranja

Vibrante, a tonalidade está ligada ao movimento. Excelente alternativa para se aplicar em uma das paredes dos ambientes sociais ou em objetos decorativos, para criar pontos focais. Essa cor gera bem-estar e aumenta a expressividade.

Vermelho

Muito estimulante, esse tom deve ser usado com parcimônia. Afinal, pode deixar o espaço estressante ou irritante. É uma ótima opção para aplicar sobre os armários da cozinha, pois influencia o apetite. Contudo, há a possibilidade de estimular o afeto ao utilizar os tons mais rosados.

Azul

Relacionada com a responsabilidade, seu efeito é tranquilizador. Combina perfeitamente com dormitórios, escritórios ou locais de refeições diárias. Tons mais acinzentados tornam o ambiente mais sério. Se essa é a sua intenção, fique à vontade para usar.

Violeta

De acordo com a Pantone, é a cor de 2018. Ligada à intuição e espiritualidade, a tonalidade estimula o lado artístico. Tons voltados à lavanda levantam a autoestima e podem ser ótimos ao serem aplicados em closets.

Iluminação

Independentemente de estar em um escritório ou em uma residência, o projeto de iluminação merece atenção necessária. Afinal, uma das características mais importantes em um ambiente é a quantidade de luz disponível. Adequar a iluminação conforme as atividades realizadas é uma forma de evitar acidentes e exercer um estímulo, tanto para os trabalhadores quanto para os moradores.

Por exemplo, em alguns locais comerciais e cômodos de serviço de uma casa ou apartamento, é viável a instalação de lâmpadas de luz branca para garantir uniformidade no ambiente e não cansar tanto a visão.

Já nos ambientes de relaxamento, como salas de estar, de jantar, quartos e consultórios terapêuticos, o indicado são as luzes amarelas que, por sua vez, influenciam a tranquilidade e diminuem a frequência cardíaca.

Posicionamento inteligente dos objetos

Adequar a ergonomia aos seus projetos de ambientes e edificações traz inúmeros benefícios para a qualidade de vida, tanto no ambiente de trabalho quanto em casa. Parte do processo de funcionalidade é se preocupar com a saúde de quem ocupa determinados espaços.

É importante entender que a falta de ergonomia pode causar dores nas costas e até mesmo problemas mais graves, como a hérnia de disco. Por isso, é fundamental praticar a boa postura, evitando que as pessoas se estiquem para acessar algum objeto ou se abaixem de maneiras incorretas para pegar um item muito pesado.

Algumas soluções para residências e escritórios são:

  • manter elementos que a pessoa mais utiliza na linha da cintura e dos ombros;
  • trocar o colchão sempre que necessário, isto é, normalmente, a validade dos colchões de espuma é de 5 anos, e a dos colchões de mola, 10 anos;
  • respeitar a distância apropriada entre o sofá e a TV;
  • manter a coluna reta em todos os momentos, seja ao fazer a faxina, seja ao trabalhar no escritório.

Atenção aos ruídos

Lidar com barulhos é inevitável, seja no ambiente pessoal, seja no profissional. Contudo, nos escritórios, é possível amenizar os sons por meio de fones de ouvido com bloqueador de ruídos ou acrescentar música ambiente à rotina.

Outra alternativa que vale para todos os locais são os carpetes, que abafam os sons, absorvem impactos das passagens das pessoas e, inclusive, evitam que os sons se propaguem entre os andares. Ótima opção para quem mora em apartamento, não é mesmo?

A importância da ergonomia durante a elaboração da decoração de interiores é uma condição primordial na conquista de resultados positivos. Entretanto, para que haja um equilíbrio no ambiente pessoal e profissional, ela não deve ser vista apenas como um fator isolado na garantia de um projeto arquitetônico e decorativo de sucesso. A beleza também é essencial para criar uma atmosfera agradável e sofisticada ao espaço planejado.

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