As 6 casas mais icônicas da história da arquitetura

A história da arquitetura começou no Oriente Médio, no ano de 7.000 a.C., com as primeiras casas construídas à base de tijolos de lama secos ao sol — os famosos tijolos crus, usados até hoje em residências populares.

É impossível não associar a arquitetura com a evolução da humanidade, uma vez que esse tipo de serviço surgiu quando o homem passou a construir um local para a sua proteção contra as variadas condições climáticas e predadores.

Contudo, devido ao crescimento da população, conexão entre cidades, necessidade de abastecimento de água e a simples demanda por um visual agradável levaram as pessoas buscarem por novos os materiais, ferramentas e técnicas na hora de construir.

Essas inovações fazem com que os projetos arquitetônicos continuem evoluindo até os dias de hoje, contando histórias sobre as civilizações desde as primeiras casas até os imensos edifícios. Para ilustrar essa evolução, vamos apresentar as casas mais icônicas, alterando por completo o conceito de moradia. Confira conosco!

1. Wave House de Harry Gesner (Califórnia, EUA)

Inspirado na Ópera de Sydney, esse é o projeto mais famoso do arquiteto Harry Gesner, construído em 1957, na cidade de Malibu. Sua aparência lembra uma onda, na qual os telhados em cobre formam curvas e refletem o brilho, assim como acontece com as escamas de peixe.

Nascido na Califórnia, Gesner sempre gostou de surfar e, inclusive, essa prática salvou a sua vida durante a Segunda Guerra Mundial, afinal, no momento em que chegou à praia de Omaha, ele usou uma das manobras de surf para desviar do fogo inimigo.

O esporte não só salvou a sua vida, como também inspirou a criação da Wave House. Inicialmente, o projeto foi elaborado na parte de trás da sua prancha de surf com um lápis de graxa.

Ao longo do tempo, se tornou cada vez mais conhecido por planejar casas em locais pouco ortodoxos, como as colinas íngremes e costas ásperas. Sua grande marca são os prédios angulares com estruturas arredondadas.

2. Neutra VDL de Richard Neutra (Califórnia, EUA)

Apesar da dimensão reduzida, basicamente, a casa foi construída em vidro, aço e madeira em uma planta retangular. No quintal, foi criado um excelente jardim, o qual pode ser observado através das amplas paredes de vidro, conectando os espaços internos e externos.

O objetivo da construção era não criar um ambiente confinado, desse modo, os moradores poderiam vislumbrar vistas estimulantes por todos os cantos da residência. Tudo foi cuidadosamente pensado para criar uma boa sensação de liberdade.

Originalmente, a casa foi construída em 1932, no condado de Los Angeles. A princípio, o local funcionava como a sua própria residência junto com a sua esposa, na qual criaram seus três filhos. Contudo, a Neutra VDL foi destruída pelo fogo em 1963, fazendo com que seus esboços e biblioteca também fossem perdidos.

Com a supervisão de Neutra, seu filho reconstruiu o projeto buscando manter o planejamento original, embora algumas mudanças tivessem de ser realizadas.

Depois de seu falecimento, em 1980 a casa foi doada para a Universidade Politécnica da Califórnia para ser utilizada pelos estudantes e professores da faculdade de Design Ambiental.

3. Villa Savoye (Poissy, França)

É impossível falar sobre arquitetura moderna sem mencionar Le Corbusier e seu principal projeto, a Villa Savoye, localizada em Poissy. É bom lembrar que o arquiteto colaborou com a criação de uma nova linguagem arquitetônica para o século XX.

Além da construção, o próprio terreno tem a sua beleza por meio de uma vegetação intensa, repleta de árvores, elaborando um espaço particular para a residência. Em uma área de 10.365 metros quadrados, a casa ocupa 487, contando com aspectos da arquitetura moderna desenvolvida por Le Corbusier:

  • utilização de pilares para deixar o projeto suspenso;

  • nova proposta ao terraço, aproveitando o espaço para a criação de jardins;

  • criação do conceito aberto, devido ao concreto armado;

  • aplicação de janelas amplas que fornecem luz e transparência ao interior.

Ainda que a construção tenha sido finalizada em 1931, é fundamental destacar a preocupação do arquiteto com a mobilidade da edificação ao acrescentar uma rampa de acesso ao piso superior, além da escada.

O planejamento foi estrategicamente pensado para fazerem conexões entre si, deixando o local fácil para circulação, mantendo no térreo as áreas sociais, privativas e de serviço. Já no segundo, foi projetado um jardim no terraço.

É importante ressaltar a permeabilização do local, a qual permite que a laje seja usada como jardim, evitando infiltrações que comprometam a estrutura do projeto arquitetônico.

4. Maison à Bordeaux de Rem Koolhaas (Bordeaux, França)

Fascinado pelo pós-modernismo, Rem Koolhaas elaborou a Maison à Bordeaux com a finalidade de abrigar uma família cujo pai precisava andar de cadeira de rodas. Desse modo, esse projeto transformou a maneira comum de viver, por meio da ponte entre a tecnologia e o humanismo em sua construção.

Construída em 1998, a casa conta com 500 metros quadrados, com uma entrada composta por pilares e viga, marcada pela alternância entre ambientes públicos e privados, unindo sólido e vazio, além da sombra e luz. Também é muito evidente a aplicação de vidro, aço e concreto armado na edificação.

O forte uso das formas geométricas no projeto arquitetônico é essencial para criar uma atmosfera agradável, tanto para quem está dentro do espaço quanto para quem está do lado de fora. Por exemplo, as janelas circulares do terceiro andar foram instaladas com alturas diferenciadas baseadas na estatura de cada morador. Dessa maneira, todos poderão apreciar o exterior de modo confortável em variados ângulos.

5. Casa das Canoas de Oscar Niemeyer (Rio de Janeiro, Brasil)

Considerada um dos projetos mais significativos da arquitetura moderna brasileira, a Casa das Canoas foi criada por Oscar Niemeyer em 1954. De acordo com especialistas de história, o arquiteto foi capaz de prever o movimento de livre criação autoral, a qual surgiu na Europa e nas Américas no mesmo período.

A casa, criada para ser a sua residência, se destaca na paisagem, ainda que a natureza tenha o seu realce. A união entre a construção com o ambiente natural é realizada por meio de uma rocha que adentra a residência. Todo o projeto gira em torno desse elemento, assim, os moradores têm a perspectiva de uma pedra atravessando as paredes, enquanto quem observa de fora imagina que a rocha brote do interior da construção.

6. Casa da cascata de Frank Lloyd Wright (Pensilvânia, EUA)

A Casa da Cascata recebeu esse nome por conta de ter sido desenvolvida a partir da integração do projeto com o curso d’água que atravessa a propriedade. A intenção de Frank Lloyd Wright era que os moradores pudessem sentir a vibração do riacho que percorre toda a edificação.

As rochas do lugar formam a base para a casa que foi produzida em duas partes: a casa principal e o quarto de hóspedes. Todo o projeto foi finalizado em 1939 e todos os cômodos se relacionam com os arredores naturais, por exemplo, na sala de estar é possível encontrar uma escada que leva ao riacho.

Outro fator que faz com que os clientes se sintam parte da natureza é no que diz respeito à circulação. O projeto arquitetônico foi elaborado para deixar os corredores mais estreitos e escuros, entretanto, conforme chegam mais perto dos ambientes principais, os espaços ficam mais amplos, claros e se estendem para a natureza.

A história da arquitetura é fascinante, não é mesmo? É cada obra de arte que faz a nossa criatividade ser estimulada constantemente. Depois de ler este texto, com certeza, você já teve muitas ideias para seus novos projetos. Então, aproveite a oportunidade e destaque-se no seu mercado!

O que você achou dessa evolução na história da arquitetura? Incrível? Sendo assim, o que acha de compartilhar este post em suas redes sociais? Quem sabe uma dessas casas icônicas podem despertar o interesse em seus potenciais clientes!